Pode a tecnologia auxiliar, modificar ou contribuir com a produção de obras de artes? Esse blog tem por objetivo investigar o elo entre a arte e a tecnologia através de reflexão e pesquisas significativas. Ao mesmo tempo, viajaremos entre um mundo de ideias criativas, deslumbrantes e inimagináveis. Eis a nossa busca.
É fundamental para o professor manter-se atualizado, estudando, pesquisando, lendo. Principalmente conhecendo a experiência de outros professores e ampliando seus conhecimentos.
Um trabalho muito interessante é o de Rosângela Aparecida da Conceição, mestranda em Artes Visuais na Unesp. Ela traz em seu trabalho a experiência com oficinas, integrando arte e tecnologia.
O trabalho é muito interessante trazendo a experiência e a fundamentação teórica.
Para saber mais: http://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/search/advancedResults Patricia Amoretty Grupo Aquarela
Já há algum tempo, tenho observado que muitos se perguntam se a
fotografia é uma forma de expressão artística. Dessa forma, e calcada no fato
de que esse blog tem “por objetivo investigar o elo entre a
arte e a tecnologia”, resolvi, através de reflexão e pesquisas significativas,
descobrir a resposta.
Antes, porém, de respondermos essa pergunta, precisamos refletir
sobre o que, de fato, significa “arte”.
A palavra “arte” vem do latim ars, que significa técnica
e/ou habilidade. A arte geralmente é entendida como a atividade humana
ligada às manifestações de ordem estética ou comunicativa, realizada a partir
da percepção, das emoções e das ideias. Esta se manifesta e se concretiza, de
modo geral, na arquitetura, na escultura, na pintura, na escrita, na música, na
dança, no teatro, no cinema e, porque não, na fotografia. Se a arte pode ser
entendida como uma atividade humana, certamente a fotografia pode ser uma forma
de expressão artística sim.
Como se sabe, ohomem sempre tentou reter
e registrar os movimentos que ocorrem a sua volta. No entanto, desde os desenhos
nas cavernas até as fotografias de hoje muita coisa mudou.
O conceito de fotografia como arte é tão relevante que se acredita
que as artes abstratas surgiram a partir da invenção da fotografia. Na época em
que o homem criou a máquina fotográfica, os pintores se sentiram tão ameaçados
por essa grandiosa invenção que desistiram de criar obras de arte cujo objetivo
era o de capturar a realidade assim como ela é. Para esses, a fotografia já
fazia isso como ninguém. Em uma foto, as paisagens, a forma humana e o rosto
das pessoas apareciam com tanta perfeição que não havia mais necessidade de recriá-los
em um quadro, por meio de pintura. Nessa ocasião, muitos chegaram a pensar até
que a pintura desapareceria por completo, pois, conforme se expandia a
fotografia, a pintura se mostrava redundante. Com isso, os pintores saíram de
seus ateliês e começaram a inovar.
Mas, assim como os
pintores que buscaram novas formas de expressão, os fotógrafos começaram a
“imitar” os pintores, pois estes não queriam apenas capturar o real e sim provocar
emoções, sentimentos, transmitir ideias e pensamentos. Dessa forma, com o
auxílio da tecnologia, começaram a criar novos efeitos ao usarem lentes mais
sofisticadas, compor enquadramentos especiais entre outras coisas. Assim, não fica
difícil percebermos que a fotografia é, de fato, uma forma de expressão
artística.
Algumas pessoas, na infância, tiveram a
oportunidade de brincar de caça ao tesouro, assim como eu e meus primos. Quando
brincávamos, fingíamos ter um mapa que nos levaria a um tesouro escondido. Daí,pegávamos algumas ferramentas e começávamos a “escavar”.Com certeza, para
minha felicidade e a de meus primos e para que nossa brincadeira tivesse sentido,
sempre encontrávamos aquilo que estávamos procurando. E se eu dissesse que não
eu ou meus primos, mas que Maurizio
Seracini encontrou um tesouro perdido de verdade?
Maurizio Seracini é um professor de
engenharia e encontrou uma das maiores pinturas de Leonardo Da Vince. A obra
estava escondida no interior de uma parede na sede da prefeitura de Florença,
Itália. Trata-se da pintura "A Batalha de Anghiari", a
maior pintura, em extensão, que Da Vinci já realizou em sua vida. A largura do
mural, por exemplo, é três vezes maior que o da "A Última Ceia".
O “mapa” de Seracini foi o que parecia ser uma pista deixada por um artista do
século XVI, o qual falava sobre o trabalho de Da Vinci. E suas ferramentas eram
lasers, radares, luz ultravioleta e
câmeras infravermelhas para ajudar a encontrar tão grandiosa obra.
Assim como eu precisava da ajuda de meus
primos para encontrar o “tesouro” perdido. Seracini também precisou de auxílio de
terceiros. Ele liderou uma equipe internacional de cientistas que resultou no
mapeamento de cada milímetro da parede e da sala que esta delimitava com ajuda
de novas tecnologias. Assim que
conseguiram identificar o possível esconderijo, os pesquisadores desenvolveram
aparelhos que detectavam a pintura por meio do disparo de feixes de nêutrons
contra a parede.Com o uso de
imagens em infravermelho e com o uso de laser para mapear a sala, a equipe de
Seracini descobriu onde ficavam as portas e janelas.
Maurizio Seracini já estava nessa procura
desde os anos 70, mas como a tecnologia da época não lhe permitiu obter
resposta clara, ele levou sua carreira adiante e veio a conquistar a fama por
conta de análises científicas de outras
obras de arte. Em 2000, ele voltou a Florença e à Câmara dos 500, equipado com
novas tecnologias e com o apoio de um novo patrono, Loel Guinness, um filantropo
britânico. Depois de tanta espera, finalmente, em 2009, a pintura foi
descoberta. Em vista disso, com o êxito em sua inesgotável busca, não é difícil
perceber como a tecnologia tem auxiliado a arte.
A pintura "A Batalha de Anghiari", estava escondida dentro da parede no Palazzo Vecchi, a chamada Câmara dos 500 Foto: The New York Times
Segundo
a confirmação da National Gallery de
Londres, uma pintura de Leonardo da Vinci foi descoberta com o uso de
tecnologia infravermelha, no dia 1 de Julho de 2005. De acordo com os
especialistas, foi encontrado um desenho por baixo da obra A Virgem nas Pedras.
Esta é uma das pinturas famosas do artista e pertence à galeria.
Quanto
à pintura descoberta, trata-se da imagem de uma mulher ajoelhada, com um dos braços
esticado, o que faz os especialistas acreditarem que Da Vinci tinha planos
para pintar a adoração do menino Jesus, mas provavelmente desistiu ou mudou de
ideia.
Como se sabe, tecnologia, entre outras definições,
é o conjunto de métodos e
técnicas*. Logo, não podemos nos esquecer de citar um dos artistas mais
conhecido pelas suas diferentes técnicas – Leonardo da
Vinci. Apesar de ter produzido suas obras em outrora, os processos utilizados por ele, ainda hoje,
surpreendem a muitos.
Da Vinci tornou-se muito conhecido por ser um dos mais
importantes renascentistas da história e ter se destacado como cientista,
matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto,
botânico, poeta e músico.
Dentre muitas obras produzidas por ele, destaca-se
uma – Mona Lisa – conhecida também como Gioconda. Esta é uma pintura
feita a óleo sobre madeira de álamo, entre 1503 e 1506. Tal obra está exposta
no Museu Louvre em Paris. Apesar de ter mais de quinhentos anos, este quadro
ainda intriga muitos amantes da arte.
O interessante é que essa pintura foi interpretada,
ao longo dos anos, de maneiras distintas. Fala-se, por exemplo, que Monalisa
é um autorretrato do próprio autor. No entanto, são as suas características que
a torna extraordinária e inigualável. As técnicas do artista, os recursos utilizados
por ele, o sorriso enigmático de Monalisa e a expressão serena do seu rosto são
as características mais marcantes da pintura.
Da Vinci utilizou nessa obra inúmeros conceitos da
matemática, afim de atingir a perfeição e o equilíbrio da obra como proporção
áurea. Utilizou também a técnica do sfumato – que consiste em criar
sombreados para equilibrar diversos tons na criação de sombra e luz numa
pintura –.
Além disso, utilizava uma técnica de pintura que
consistia em aplicar tintas a óleo sobre a obra como se fossem têmperas, de
forma que as pinceladas não pudessem ser percebidas na superfície.
Para um melhor entendimento desse assunto, ou seja,
para que possamos perceber a tecnologia criada por Da Vince em sua
“obra-prima”,Monalisa, assista ao vídeo que destaca a geometria utilizada por
Da Vince na confecção dessa pintura:
* Texto Conceito de tecnologia, que se
encontra aqui nesse Blog
Antigamente,
o cinema era mudo, em preto e branco e nem todos tinham acesso a ele. Com o
passar do tempo, a arte cinematográfica foi ganhando espaço, foi se
modernizando e hoje faz parte de nossas vidas. Daí surge uma pergunta: como
falar em arte e em tecnologia sem falar de cinema?
Como se
sabe, no cinema, o uso de tecnologias tem sido cada vez mais corrente. Além do
enredo, o que encanta muito nos filme são as superproduções em efeitos
especiais. Por falar nisso, como deveriam produzir os efeitos dos filmes e
seriados no passado sem a tecnologia que temos hoje? Será que a tecnologia
contribui para essa arte? Ou será que esta transforma a própria arte
cinematográfica?
Antes, os
efeitos especiais eram complicados e trabalhosos para serem desenvolvidos, como,
por exemplos, o jogo de câmera, ponto de vista da câmera, miniaturas, maquetes
e etc. Hoje os efeitos especiais estão avançados ao ponto de nem imaginarmos
que alguns dos cenários produzidos são apenas virtuais, simplesmente não
existem.
O
primeiro filme com efeito especial foi A viagem à lua, de Georges
Méliès. Ele descobriu os efeitos especiais acidentalmente. Fundiu imagens e
usou uma primitiva filmagem quadro a quadro. Hoje em dia o mundo do cinema é um
lugar em que tudo é possível. Voar, monstros grandiosos, maquiagens
encantadoras, entre outras coisas. Nada é impossível com o auxilio da
tecnologia. Quem não se lembra do Parque dos Dinossauros que, de forma
grandiosa, mostrou-nos na “telona” personagens digitais tão reais que pareciam
de verdade? Ou então do o avanço da computação gráfica em O exterminador do
futuro 2, O julgamento final? Impossível falar de efeitos especiais sem
mencionar o divisor de águas na arte cinematográfica, Matrix, o qual
“bombou” com o efeito bullet time.
Todos
esses e muitos outros se tornaram, indiscutivelmente, memoráveis. De fato, a
tecnologia colaborou, significativamente,
com a arte cinematográfica.
Assista ao vídeo do You Tube sobre a evolução dos efeitos especiais.
Temos acompanhado as influencias da tecnologia na arte. Muitas possibilidades foram surgindo a medida que a tecnologia foi se desenvolvendo e se configurando em uma ferramenta para atingir seus objetivos na criação de efeitos, no tratamento das imagens, no tratamento do áudio e etc.
Uma das possibilidades hoje é a produção de filmes a partir de aparelhos celulares. A matéria está no site http://info.abril.com.br/noticias/blogs/geek-list/audio-e-video/4-bons-filmes-feitos-e-editados-com-celular/. Um dos diretores entrevistados disse pretender lançar o filme no cinema.
Além de todas as mudanças e influencias da tecnologia sobre a arte há ainda as possibilidades que a tecnologia nos traz.
Através da internet podemos ter acesso a museus de várias partes do mundo, conhecer e comparar obras de arte entre inúmeras outras possíbilidades.
Um exemplo disso é a possibilidade de fazer uma visita ao museu do Louvre na França sem sair de casa. Veja mais: http://www.louvre.fr/en/visites-en-ligne
Antigamente,
as animações, chamadas de animações por célula, eram feitas a mão e re-traçadas
ou copiadas num plástico transparente chamado célula. Esta célula era colocada
sobre um fundo pintado e fotografada uma a uma com uma câmara para dar os
movimentos. A animação mais conhecida com essa técnica e de maior bilheteria de
todos os tempos é O Rei Leão, da Disney.
Foto do site www.blogspot.com
Com os avanços tecnológicos, o uso de células e de
câmaras estão hoje em declínio. As animações, atualmente, são feitas com
computadores e software como em 2D e 3D. A primeira história totalmente
desenvolvida por computação gráfica foi a animação Toy
Story feita em 1995, realizada através da parceria entre a Walt Disney Pictures
e os estúdios Pixar.
Foto do site www.blogspot.com
No
entanto, as técnicas feitas a mão e os personagens clássicos ainda têm seu
valor nos dias atuais e são fontes de inspiração para as novas gerações de
animadores. Em setembro de 2011, por exemplo, o clássico O Rei Leão voltou
às telas do cinema para um relançamento em 3D. E, Toy Story, foi
relançado também nos cinemas em 3D, no ano de 2010.
Embora as diferentes tecnologias
contribuam para o aperfeiçoamento do ensino de artes, nenhuma delas é capaz de
substituir as ideias, nenhuma ferramenta por melhor que seja poderá ocupar o
lugar do desenvolvimento humano. O ensino de artes necessita ser abrangente de
forma a permitir diferentes formas de expressão pelos alunos. O papel da escola
é apresentar as diversas formas artísticas e a tecnologia como recurso de
aprimoramento.
De acordo com a Wikipédia "Tinta é o nome dado a uma família de produtos (líquidos, viscosos e sólidos em pó) que, após a aplicação de uma camada fina, a um substrato se converte num filme sólido opaco."
A utilização de tintas foi dectada em 40.000 atrás, quando os primeiros homens deixavam nas cavernas suas primeiras impressões.
Mas como eram fabricadas as tintas na antiguidade?
"Poucas receitas de tinta se conhece do passado. Do século III d.C. há a informação incompleta de uma receita metalo-gálico cuja composição era noz de galha, goma arábica e um sal metálico ( vitrólo). No século XII o Monge Theophilus fala, em seu trabalho Compositiones ad Tingenda, de tinta usada no século VIII, de origem vegetal, com preparação difícil e demorada. Nela cita o uso de noz de galha ao lado de um sal metálico ou vitríolo.."
Os nossos indígenas usavam o jenipapo, o urucum, tatajuba, o pau-brasil que acabou dando nome ao nosso país.
Para ler mais acesse: http://200.17.60.4/ndihr/revista-2/artigos/joao-euripedes.pdf
"Sendo a tecnologia uma constante na história da arte..." esta afirmação faz parte do trabalho de Paulo Bernardino: Arte e Tecnologia: interseções.
As tecnologias trazem alterações no desempenho dos indivíduos ao realizar as obras de arte, mas também trazem alterações nas possibilidades de observação/interação com as mesmas. Hoje as pessoas podem interagir com a obra, tornando-se parte dela. Explorando sensações, sentimentos, confrontando idéias... O individuo não é mais aquele que só observa, que contempla, que reflete, ele participa da obra de arte, ele a integra.
Se você se interessou pelas intersecções existentes entre arte e tecnologia, vale a pena ler o trabalho de Paulo Bernardino em:
OMuseu de Arte do Rio abriu suas portas trazendo
um olhar voltado para o futuro. Misturando
em sua estrutura arte e tecnologia e voltando-se para educação que é o presente
do nosso país. Sua fachada impressiona quem vê, pois reúne um prédio do século
XVI, com um outro totalmente moderno que será a Escola do Olhar a união dos
dois prédios se dá através de uma simples folha de papel de concreto que flutua entre os dois prédios separados apenas por
um pátio. Suas instalações foram feitas encima de um projeto sustentável
impecável: Piso de resina de borracha de pneu, luzes econômicas e naturais,
bicicletário com a finalidade de incentivar o transporte alternativo na cidade
e coleta seletiva.
O MAR
surpreende por sua estrutura e por seu objetivo de apresentar exposições
temporárias, com foco nas grandes coleções além de uma galeria que sempre fará
uma leitura da Cidade Maravilhosa. Com certeza será um dos novos points
da cidade e ainda vai dar muito o que falar!
Se os professores se reuniam apenas nos centros de estudo ou mesmo em eventos mais formais a tecnologia abriu caminho para uma conexão livre e poderosa entre eles. através de redes sociais ou mesmo dos blogs educativos é possível conhecer outros professores, outras experiências, outros fazeres, trocar saberes e principalmente assumir o papel de autor de sua história. Assim poder trabalhar esses aspectos também na vida do aluno: autoestima, autoexpressão, autonomia, independência, criação, criatividade, entre tantos outros aspectos.
Muitos blogs trazem o trabalho realizado por professores, alunos e escolas com a arte e a tecnologia. Com isso acabam por se constituir em um ponto de partida para levam a navegar em espaços diferentes e que acrescentam muito ao fazer educativo.
Um exemplo desses blogs é http://baudeideiasdaivanise.blogspot.com.br/
Ivanise Meyer é também autora do livro Brincar & Viver que é uma referência em conhecimento para quem trabalha com Educação Infantil.
Pesquisando no Youtube sobre arte e tecnologia descobri esse clip da Escola Municipal Arnaldo Varela, da Pavuna no Rio de Janeiro. Os alunos criaram lindas ilustrações na oficina de arte e tecnologia por ocasião dos 40 anos da instituição. Em sua maioria são ilustrações criadas no programa paint, trazendo diferentes leituras e visões sobre o tema.
Nesta atividades os alunos tiveram oportunidade e liberdade para criar e se expressar. Além da comunicação, expressão, interpretação, uso do programa muitas outras habilidades podem ser trabalhadas. a autoestima, a autoexpressão, o envolvimento no processo educativo, a escrita, o desenho, o respeito a produção do outro, a valorização da instituição e com isso a renovação e fortalecimento de princípios e valores.
O trabalho foi feito pela professora Luciana G. R. de Lima professora da Escola Arnaldo Varela na Pavuna Rio de Janeiro RJ. Parabéns a criativa professora Luciana e aos talentosos alunos.
Hoje crianças ainda pequenas manuseiam celulares e jogos eletrônicos com bastante desenvoltura. Existem inúmeras discussões com relação ao tema. Há Professores, Pedagogos e pais que acham que a tecnologia em sala não é necessária outros acreditam que a presença da escola e dos pais é fundamental para mediar o uso da tecnologia e "...transformar a informação em conhecimento" ( frase esclarecedora da nossa amiga de grupo aquarela Luciana Januário).
Independente da discussão filosófica a tecnologia se apresenta como uma interessante ferramenta para alcançar os objetivos e facilitar a caminhada em direção a construção do conhecimento. Isso não quer dizer que o professor se tornará refém das tecnologias ou mesmo que abrirá mão de outros instrumentos ou vivências possíveis no processo.
É importante que o professor conheça "o mundo" do aluno: o que lhe interessa, quais as suas áreas de interesse, o que o atrai, quem é esse aluno, o que ele já conhece e domina, como o professor e a escola podem contribuir para o desenvolvimento deste aluno. Ao conhecer e usar essas tecnologias a escola e o professor se aproximam do aluno.
Uma experiência interessante foi publicada na revista nova escola, alunos de 3ª e 4ª séries do ensino fundamental construíram um filme. O projeto além de conhecimentos de outros filmes, referências, conhecimentos específicos da realização, também desenvolveram habilidades relacionadas ao trabalho em grupo, a criação, autonomia, autoestima, confiança, principalmente a construção coletiva de conhecimento.
As obras de Arte nos encantam e nos tocam. Independente das preferências por um ou outro artista não se pode negar a importância dessas obras para a sociedade. Seja por sua beleza, como contraponto ao que está sendo produzido, seja para contar um pouco da história da sociedade em uma determinada época.
Muitas pessoas não se apropriam desse conhecimento, não usufruem desta riqueza por inúmeros motivos. hoje existem muitos projetos que buscam democratizar esse acesso com incentivos culturais que tornam mais democrático o valor das entradas, trazem uma divulgação maior de eventos culturais, criação de espaços como lonas culturais e etc.
Mas se entendemos que a arte produzida é uma expressão da sociedade em uma época, que conta um pouco ou traz influências da história, que contribui para o entendimento através do diálogo com o tempo atual, percebemos a importância de preservar e restaurar.
O que é a restauração? Seria apenas limpar quadros e livros, limpar a poeira usando qualquer recurso?
Mauro Bandeira um especialista em restauração diz: "A intervenção numa obra deve ser feita exaltando e valorizando a componente autêntica, usando técnicas apropriadas e materiais reversíveis que respeitem as características físico-químicas da obra original".
http://restauro.maurobandeira.com/
Um caso curioso aconteceu em 2012 e foi publicado no site de notícias universia. Uma idosa de 80 anos resolveu por conta própria restaurar obras de arte da região de Borja na Espanha. Ela diz ter recebido autorização do padre da região.
As obras ficaram totalmente desfiguradas.
foto: Publicação El País
É preciso compreender que o trabalho de restauração é um trabalho sério, importante, que requer estudo e conhecimento, que só deve ser realizado por pessoas habilitadas para não comprometer as obras restauradas.
Arte e Tecnologia o que um assunto tem a ver com o outro?
Tudo dependerá da sua maneira de ver as coisas.
Ronaldo Lemos publicou no Jornal Folha de São Paulo em julho de 2012 online publicou uma reportagem que trata do assunto. Por ocasião da Documenta de Kassel (na Alemanha) um evento que faz uma avaliação da arte nos últimos cinco anos.
Obras interessantes como a Janett Cardiff que fez o público caminhar usando um iPod touch, criando uma realidade aumentada. Uma obra da brasileira Renata Lucas traz a instalação de várias câmeras que captam imagens de várias partes da cidade observando e intervindo nas imagens.
Uma das filosofias mais interessantes é a de Tino Sehgal um artista avesso a tecnologia. Ele retira da internet todo o registro de suas obras, elas são feitas para se guardar na memória.
Segundo Ronaldo já era achar que arte e tecnologia não se misturam, também achar que a arte contribui para o futuro da tecnologia e vice-versa.
E qual é a sua opinião: o que a arte tem a ver com a tecnologia?
Tecnologia tem um conceito mais amplo do que se
imagina. Muitos, erroneamente, descrevem tecnologia relacionando-a aos
computadores e às tecnologias de informação. No entanto, pode-se dizer que
tecnologia é muito mais do que isso. De acordo com a UNESCO, "Tecnologia
é o conjunto de conhecimentos científicos ou empíricos diretamente aplicáveis à
produção ou melhoria de bens ou serviços".¹
Com isso, conclui-se que tecnologia é o conjunto de métodos e técnicas que permitem o
aproveitamento prático do conhecimento científico em qualquer área, e não
somente no que se refere a computadores, como pensam alguns.
Com essas informações, lembrei-me da música “Como
uma onda”, de Lulu Santos, que diz que “Tudo muda, o tempo todo, no
mundo”. Neste trabalho, analisaremos os avanços tecnológicos que
contribuíram para algumas das mudanças de métodos e técnicas nas áreas
artísticas.
Desejo
a todos uma boa leitura e espero que gostem!